Uso de fones de ouvido, avisos sonoros do smartphone e conversas barulhentas. Imagine toda essa exposição, dentro do ambiente de trabalho, durante horas, diariamente. A poluição sonora está presente na rotina de muitos profissionais e as consequências desse excesso de ruído podem aparecer de maneira silenciosa e causar problemas com a saúde auditiva dos trabalhadores. Para ajudar na identificação de possíveis distúrbios na audição e dar algumas orientações, pesquisadoras da Base de Audição e Linguagem do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) realizaram, nesta terça-feira (25), uma Triagem Auditiva destinada a colaboradores que atuam no Laboratório e na Secretaria de Educação a Distância (SEDIS/UFRN).
Paciente passa por teste rápido para identificação de possíveis distúrbios auditivos. Foto: André Gavazza.
Os atendimentos foram feitos com o auxílio de equipamentos modernos, que simulam várias situações de ruídos e executam testes rápidos e confiáveis como a audiometria, exame que avalia a capacidade auditiva de um indivíduo. Cerca de 30 pessoas foram beneficiadas com o serviço gratuito. Alexandre Borja, que dá suporte às coordenações dos cursos a distância da UFRN, agradeceu por poder participar da iniciativa: “eu acho bem importante, por que como a gente tem a vida muito corrida, uma oportunidade dessa, de a gente estar no local de trabalho, facilita bastante o cuidado com a saúde”.
Professora Arielly Nunes, coordenadora da Base de Pesquisa em Audição e Linguagem do LAIS/UFRN e suas alunas. Foto: André Gavazza.
Segundo Arielly Nunes, uma das coordenadoras da Base de Pesquisa de Audição e Linguagem do LAIS/UFRN, que gerencia essa ação, “a triagem tem essa função, não só para aumentar a consciência relativa aos aspectos da saúde auditiva, mas, principalmente, para a gente identificar, precocemente, alterações auditivas; quanto antes a gente consegue detectar, antes a gente consegue intervir”. Ainda de acordo com Arielly Nunes, a equipe reuniu 8 pesquisadoras com diferentes níveis de formação na área da Fonoaudiologia, representando uma oportunidade de aprimoramento nas trajetórias acadêmica e científica.
Sabrina Souza, acadêmica de Fonoaudiologia da UFRN. Foto: André Gavazza.
“Essa parte da triagem auditiva não é uma questão que a gente vá ver, diretamente, nos estágios, então, ajuda muito para a nossa formação”, destacou Sabrina Souza que cursa o 4º período de Fonoaudiologia. Uma das ferramentas disponibilizadas para o público, por meio de uma cooperação técnica internacional, é o Teste de Dígitos no Ruído baseado em software. Validado e traduzido para o português brasileiro por pesquisadores da UFRN, da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal da Paraíba, o teste foi desenvolvido pela Universidade de Pretória, na África do Sul, e pela empresa Hear X.
Ao final dos atendimentos, os pacientes receberam o resultado da avaliação. Nele, duas opções foram destacadas: “passa”, em que indica que o resultado foi o esperado, a partir dos estímulos apresentados, e “falha”, que mostra a necessidade de encaminhamento para serviços especializados, no Sistema Único de Saúde, para descartar ou diagnosticar e tratar problemas auditivos. Os dados coletados pelas pesquisadoras serão usados para estudos que podem servir de alerta para a proposição de políticas públicas direcionadas à melhoria da saúde auditiva da população.
Telessaúde
Os atendimentos gratuitos ofertados ao público externo, pela Triagem Auditiva, fazem parte de um projeto coordenado pelo Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Norte, que tem como foco principal: desenvolver um fluxo operacional para a introdução da teletriagem e da teleconsulta em audiologia (especialidade da área de Fonoaudiologia que trata os distúrbios de comunicação do sistema auditivo) na rotina de atendimentos do SUS. Para consultar e agendar o serviço de Triagem Auditiva e colaborar com as pesquisas científicas, envie um e-mail de solicitação para audling@lais.huol.ufrn.br.
Bruno Cássio – Assessor de Comunicação da SEDIS/UFRN.
“Sou Maria Eduarda da Silva, tenho 23 anos e moro no Quilombo Lagoa do Mato/Coati, em Luís Gomes/RN”, é dessa forma que a jovem estudante do curso de Pedagogia a distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) faz questão de se apresentar, enfatizando suas origens e o lugar onde vive com seus parentes, uma comunidade remanescente quilombola, certificada pela Fundação Cultural Palmares, desde 2018, e que fica no munícipio da Região do Alto Oeste Potiguar, distante cerca de 450 quilômetros de Natal/RN.
Maria Eduarda na creche que funciona dentro da Comunidade Quilombola Lagoa do Mato/Coati.
Fotos: Arquivo/Pessoal.
Atualmente, Maria Eduarda está no 6º período do curso e, recentemente, passou em uma seleção de estágio para atuar na educação infantil. Sabe onde? Em uma creche que funciona dentro da Comunidade Quilombola. “A Pedagogia vem me transformando todos os dias; o curso chegou como um desafio para mim, pois tive que fazer toda uma rotina para dar conta da faculdade e da minha vida pessoal, com ajuda de amigos, o curso se torna mais leve”, falou de maneira emocionada sobre o impacto social que o Ensino Superior tem gerado na sua trajetória profissional e no cotidiano da comunidade que lhe viu crescer.
Para o egresso do curso Química EaD/UFRN, do polo de Currais Novos/RN, Renato Dantas, na região do Seridó Potiguar, o acesso à graduação na modalidade a distância foi um ponto de partida necessário para trilhar uma sólida carreira acadêmica. “O Curso de Química EaD me proporcionou formação científica suficiente para concorrer a editais de ingresso de pós-graduação, mestrado e doutorado, além do suporte para cursar parte da graduação no exterior, na Universidade de Coimbra”, comenta ao relembrar a experiência mais recente que vivenciou fora do Brasil: o estágio pós-doutoral na Universidade Complutense de Madri, na Espanha, de onde retornou há pouco tempo.
Renato Dantas durante estágio pós-doutoral na Espanha.
Fotos: Arquivo/Pessoal.
O que está por trás dessas duas histórias é o suporte dado por uma grande equipe de profissionais, de várias áreas do conhecimento, coordenada pela Secretaria de Educação a Distância da UFRN que completou, em junho de 2023, duas décadas de fomento à democratização do acesso à Educação Superior pública, gratuita e de qualidade. De acordo com a secretária de EaD/UFRN, Carmem Rêgo, após 20 anos de atuação “temos uma grande motivação de continuar militando por essa modalidade de ensino com um olhar, principalmente, para as pessoas que moram em lugares distantes dos grandes centros urbanos no Rio Grande do Norte”.
Carmem Rêgo, secretária de EaD/UFRN. Foto: André Gavazza.
A secretária Adjunta de EaD/UFRN, Ione Morais, também dá ênfase a esse compromisso institucional: “a SEDIS completa 20 anos com uma história bastante densa, tendo em vista o processo de interiorização já consolidado que nós temos, contribuindo para a revolução social no interior do Rio Grande do Norte, formando pessoas com qualidade”. No mês passado, durante a recondução das professoras Carmem Rêgo e Ione Morais à gestão da SEDIS/UFRN, o reitor da Universidade, José Daniel Diniz Melo, que assumiu seu segundo mandato, destacou que “a Educação a Distância é uma parte muito importante do cumprimento da missão institucional, por que através da Educação a Distância a Universidade consegue chegar a mais pessoas”.
Ione Morais, secretária Adjunta de EaD/UFRN. Foto: André Gavazza
Selo comemorativo
Para celebrar o aniversário de 20 anos da Secretaria, foi criado um selo comemorativo que será usado em publicações oficiais até junho de 2024. A designer Priscila Reis resume como foi o processo criativo: “a inspiração para criar o selo comemorativo para a SEDIS partiu da própria logo da Secretaria; o avião de papel representa a ideia de transformar, de reinventar e de alçar voos mais altos na Educação; esse conceito refletiu a essência da SEDIS, simbolizando a importância da Educação a Distância, onde o aluno se mantém conectado às suas raízes e transforma a sua realidade”, finalizou.
A designer Priscila Reis apresentando o selo comemorativo.
Bruno Cássio – Assessor de Comunicação da SEDIS/UFRN.
A Secretaria de Educação a Distância (SEDIS/UFRN) manifesta pesar pela morte do senhor Dilvan Nóbrega de Souza, ocorrida em 4 de julho de 2023, em Natal/RN. O filho de Dilvan Souza, Marcelo Souza, integra nossa equipe da Coordenadoria Pedagógica da EaD/UFRN.
Neste momento de profunda dor, a SEDIS/UFRN deseja a parentes e amigos o conforto necessário.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é uma das 18 instituições de ensino superior do país, presentes em 12 estados e no Distrito Federal, que vão ofertar vagas para o Curso de Especialização Ciência é 10!. A iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), abrirá mais de 8 mil vagas até 2024. No Rio Grande do Norte, a UFRN ofertará 150 (cento e cinquenta) vagas distribuídas por cinco Polos de Apoio Presencial: Currais Novos, Guamaré, Marcelino Vieira, Nova Cruz e Parnamirim.
As inscrições foram abertas nesta segunda-feira (26) e seguirão até o dia 26 de julho de 2023. Todo o processo seletivo é on-line, via Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), sendo necessário ao candidato possuir uma conta gov.br. Os ingressantes deverão iniciar os estudos já no período letivo 2023.2, na modalidade a distância, por meio de módulos com recursos multimídia, atividades práticas, fóruns de discussão e avaliações em quatro eixos temáticos: Vida, Ambiente, Universo e Tecnologia, distribuídos em 480 horas/aula.
O Curso de Especialização tem por objetivo principal a qualificação de profissionais do magistério da Educação Básica que estão atuando nos sistemas de ensino e ministram aulas nas séries finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), na área de Ciências, a fim de apresentar e aprofundar saberes pedagógicos. Professores com diploma de nível superior em Licenciatura em Ciências, Física, Biologia e Química, entre outras áreas, podem concorrer às vagas. Na UFRN, as professoras Ivanise Cortez, do Departamento de Fisiologia e Comportamento (DFS), e Magnólia Araújo, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia (DMP), ocupam a função de coordenadora e vice do Ciência é 10!, respectivamente.
Segundo Cortez, “o curso deve contribuir para a atualização na prática pedagógica de professores de Ciências com ênfase em atividades investigativas. Nessas atividades, o professor problematiza os conteúdos de Ciências, a fim de estimular e orientar o aluno a buscar soluções e, a partir daí, desenvolver o raciocínio lógico, a argumentação e a criticidade”, concluiu.
Para conferir todos os detalhes sobre a seleção, clique aqui e acesse o edital.
Bruno Cássio – Assessor de Comunicação da SEDIS/UFRN.
