Licenciados em Matemática EaD pela UFRN são aprovados para a mesma turma de mestrado

Os cursos de graduação a distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) têm servido de trampolim para a realização do sonho de conquistar o diploma do Ensino Superior e como estímulo para o ingresso na Pós-graduação. Ao mesmo tempo, a Educação a Distância na UFRN tem conectado trajetórias de vida, como são os casos de Djailson, Raene e Larissa.

Os três egressos do curso de Matemática a distância dos polos de Macau e de Lajes foram aprovados, na mesma turma, para o Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Naturais e Matemática, vinculado ao Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET/UFRN). Em sua demanda, o curso de Pós-graduação tem recebido alunos tanto da capital como do interior do Rio Grande do Norte, além de outros estados do Nordeste e do Norte do país.

Ex-aluno do polo de Macau, Djailson Ferreira de Lima é o mais experiente do trio. Ao avaliar a aprovação do curso de mestrado, ele destaca que a Educação a Distância o ajudou com a parte pedagógica de alta qualidade, o que, segundo ele, proporcionou um salto gigantesco na carreira profissional, sendo aprovado em seleções para emprego e cursos de especialização. Ainda de acordo com Djailson, a aprovação no mestrado “coroa toda uma vida de luta e sacrifício, combinando a vida profissional com os estudos no curso de Matemática EaD”.

Gerenciar melhor o tempo dedicado aos estudos, adquirindo responsabilidade e disciplina, é o que Larissa Salviano Morais, ex-aluna do polo de Lajes, aponta como principais contribuições da Educação a Distância na formação: “na cidade de Lajes, na qual resido, não existiam cursos presenciais, a EaD foi o impulso e inspiração que eu precisava para o início da minha trajetória acadêmica e profissional”. Para Larissa, o curso de Matemática a distância serviu de preparação para concorrer a tão sonhada vaga de mestrado.

“Meu objetivo profissional é a construção de instrumento que auxilie professores de matemática na identificação de alunos com discalculia”, salienta Raene Galvão Farias, ex-aluna do polo de Macau. Discalculia é o transtorno específico de aprendizagem com prejuízo no domínio da Matemática. Quando concluiu o curso de graduação, em 2014, ela morava na Zona Rural de Assú/RN e os pais agricultores não tinham condições de investir na educação dela e das duas irmãs: “com isso, ingressei no ensino superior aos 16 anos e a EaD me mostrou que precisava aprender a aprender”.

A coordenadora do Programa de Pós-graduação, Fernanda Mazze, parabenizou a aprovação dos ex-acadêmicos da EaD e enfatizou que “o mestrado profissional tem como lócus para a pesquisa a sala de aula. Ou seja, isso vai contribuir muito para a formação desses licenciados (professores), visto que eles poderão desenvolver uma pesquisa aplicada, uma pesquisa que visa compreender e auxiliar as dificuldades que esses professores têm em suas próprias salas de aula”.

Bruno Cássio – Setor de Mídias da SEDIS/UFRN

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