EaD realiza sonhos: ex-acadêmica do polo de Currais Novos conclui curso de mestrado na área de Física
10 de julho de 2019
Aos 30 anos de idade, Ercília Juliana Marciano de Oliveira acaba de realizar o maior de seus sonhos profissionais: a conclusão do curso de Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF), que faz parte de um programa nacional de pós-graduação voltado a professores que atuam nos ensinos fundamental e médio. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte é uma das instituições parceiras da iniciativa promovida pela Sociedade Brasileira de Física (SBF).
Nascida em Currais Novos, Juliana Marciano foi aluna do curso de graduação de Física a distância, no Polo da UFRN instalado na cidade do Seridó Potiguar. Ela iniciou os estudos em 2010, mas somente em 2016 colou grau. “Era um sonho de infância ser professora. E a ciência me fascinava. Então, o curso foi fundamental para o sonho que era lecionar”, comenta emocionada ao recordar o início da sua trajetória acadêmica.
Concursada, ela atua como professora em escolas da Rede Pública Estadual de Ensino. Aliás, qualquer pessoa desistiria de ingressar em um curso de mestrado se trabalhasse em cidades diferentes e tivesse de se deslocar, todas as semanas, para assistir às aulas em Natal. Segundo Juliana, as viagens entre Currais Novos, São Vicente e a capital do estado eram muito cansativas e ela se via, muitas vezes, tendo de planejar aulas e com pouco tempo para se dedicar à pós-graduação.
Para o professor Ciclamio Leite Barreto, do Departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN, orientador de Juliana na elaboração da sua dissertação de mestrado, participar de todo esse processo “representa muito, desde a sensação de dever cumprido até a certeza de ter contribuído para enriquecer com atualizadas competências e habilidades as salas de aula que ela venha a assumir ao longo da sua vida profissional”. O tema escolhido para o trabalho de pesquisa foi “Ensino da Física para pessoas surdas”, um assunto com forte apelo social e inclusivo. Ainda segundo o professor Ciclamio Barreto, que era o coordenador da Licenciatura a distância em Física quando Juliana Marciano ingressou no curso, a EaD é sinônimo de inclusão social: “as dificuldades que ela superou no mestrado profissional levariam vários a sucumbir, mas ela conseguiu. Isso é uma prova de que a modalidade a distância para a Licenciatura em Física pode formar professores com a qualidade requerida para o sucesso na sala de aula”.
Além da rotina corrida imposta pelo trabalho e pelos estudos, a vida ainda lhe reservou uma grata surpresa: a pequena Ercília Arabela. A filha, atualmente com 3 meses, nasceu na reta final das disciplinas do curso de mestrado. Ainda assim, Juliana não desistiu, pediu prorrogação e conseguiu concluir os requisitos necessários para apresentar sua dissertação.
“Só depende do aluno. Você é aquilo que você quer ser. Então, se você for um aluno de graduação dedicado, participativo, formar grupos de estudos, você terá uma boa formação na Educação a Distância e poderá se sair muito bem”, conclui Juliana Marciano ao pensar na importância da EaD para sua vida profissional.
Fonte: Setor de Mídias da SEDIS/UFRN
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