Ensino de História em tempos de pandemia da COVID-19 é discutido em evento virtual
Qual a contribuição do estudo da História durante a pandemia da Covid-19? Ao longo das últimas três semanas, mais de 100 pessoas estiveram virtualmente conectadas para a construção coletiva da resposta para essa e outras perguntas. O evento chamado de “Ensino de História em Tempos de Pandemia” foi uma ação promovida pelo Curso de Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória/UFRN).
De acordo com Francisco Santiago Júnior, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História na UFRN, o Curso de Mestrado é direcionado aos professores dos ensinos fundamental e médio. E, nesse período de pandemia, com o afastamento de alunos e professores das salas de aula, fez-se necessária a criação de estratégias tecnológicas, a fim de preparar os professores para essa nova realidade.
Ensino da História e a Covid-19
Francisco Santiago Júnior esclarece que o professor de história deve imaginar soluções de como reconduzir suas atividades em uma modalidade de ensino que leve em consideração os recursos digitais, mas também deve estar atento ao fato de que a pandemia é uma experiência social local/regional/nacional/internacional compartilhada com seus alunos e familiares.
Nesse cenário, ele destaca que o professor é testemunha da pandemia e deve imaginar as formas de organizar o seu testemunho, o de seus alunos e o legado que esse fato histórico global deixará entre nós. Ainda segundo Santiago Júnior, o ensino de história deve trabalhar também com formas de arquivamento de materiais do presente, produzidos sobre essa experiência social, para que se tornem fontes históricas no futuro.
Mediação tecnológica na educação
O evento que debateu essas temáticas foi realizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o AVAProex, e confirmou a importância da mediação tecnológica no processo de ensino e aprendizagem, diante de um contexto de distanciamento social orientados pelos órgãos de saúde no Brasil e no mundo.
Para Santiago Júnior, a mediação tecnológica permite manter contato em situação de isolamento, mas também construir soluções de aprendizado para trabalhar na modalidade de ensino remoto e a distância. E ele complementa: “as Tecnologias de Informação se tornam, portanto, essenciais para reestabelecer o ensino, levando em consideração as possibilidades de acesso dos alunos às ferramentas digitais e à internet”.
O Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História na UFRN conclui que é preciso observar as diversas realidades sociais desses alunos. Com apoio de universidades, secretarias de educação, escolas, professores e das famílias, o espaço escolar é reconfigurado e integrado às ferramentas digitais de comunicação e, durante a pandemia da COVID-19, isto é fundamental: a família e a casa como ambientes de aprendizagem junto à integração global promovida pela internet.
Fonte: Bruno Cássio – Setor de Mídias da SEDIS/UFRN.