Psicóloga da PROAE/UFRN dá orientações para cuidar da saúde mental durante a quarentena - Sedis

Psicóloga da PROAE/UFRN dá orientações para cuidar da saúde mental durante a quarentena

24 de março de 2020

Há uma semana, a pandemia do novo coronavírus fez com que as aulas fossem suspensas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por decisão do Comitê Covid-19. Muitos servidores da Universidade, que fazem parte do grupo de risco, estão em isolamento social. A mesma orientação foi repassada para os estudantes universitários, enfatizando que os mesmos devem permanecer em casa durante a chamada quarentena.

Isolar as pessoas em seus lares tem sido a principal estratégia adotada pelas autoridades sanitárias e de saúde pública no Brasil para tentar frear o avanço dos casos da Covid-19. O nosso Estado já apresenta mais de uma dezena de casos confirmados e quase trezentos suspeitos. Diante de uma situação tão delicada como essa, nem todas as pessoas reagem de maneira positiva à necessidade de estarem longe da rotina acadêmica, dos colegas de trabalho e da convivência em sociedade.

Para falar sobre algumas orientações que podem ser responsáveis pela manutenção da Saúde Mental durante o período de quarentena, nós conversamos com a psicóloga da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE) da UFRN, Cíntia Guedes Bezerra. De acordo com a especialista, diante de notícias negativas, a tendência é de que muitas pessoas manifestem sofrimento pela ansiedade, querendo antecipar o futuro de maneira dolorosa.

Cenário de ansiedade

Ainda segundo Cíntia Guedes, o cenário ansiogênico (que induz à ansiedade) exige que nós fiquemos atentos a nós mesmos, validando nossos sentimentos, compartilhando com nossa rede de apoio, família e amigos, as nossas preocupações, receios e temores. Ela complementa dizendo que é importante que, na medida do possível seja mantida uma rotina, como reservar um horário específico para ver as notícias e não se deixar levar apenas pelo que é trágico e que pode desencadear problemas emocionais.

A psicóloga esclarece também uma questão polêmica da sociedade moderna em que “parar” significa perder tempo. Para Cíntia Guedes, a ideia de aproveitar a quarentena para fazer tudo que está pendente: arrumar a casa como nunca, ler todos os livros que estão empilhados, criar as brincadeiras mais mirabolantes para preencher o tempo com as crianças, fazer aquela dieta e treinar todos os dias, pode ter um efeito contrário à Saúde Mental.

É preciso parar

“Em nome da nossa saúde mental, digo: é preciso parar! Que nesse momento, em que estamos sendo obrigados a ficar em casa, possamos realmente parar, meditar sobre nossas vidas, sobre o que está posto, sobre o mundo em que estamos vivendo, sobre o que faz ou não sentido para cada um de nós”, orienta a psicóloga.

Sobre os estudantes da UFRN que já estavam recebendo acompanhamento psicológico, ela esclarece que esses atendimentos permanecerão de modo on-line e que o serviço de plantão psicológico está temporariamente suspenso, mas a equipe de Psicologia da PROAE está atuando em formato de teletrabalho (trabalho remoto).

Canais de ajuda

Para encerrar essa conversa, nossa entrevistada deixa outras informações que precisam ser compartilhadas nesse momento. Qualquer pedido de ajuda psicológica, por parte dos estudantes, pode ser encaminhado para o e-mail <psicologiaproae@reitoria.ufrn.br>, acessado diariamente pela equipe. Além disso, a psicóloga da PROAE/UFRN lembra que outros serviços gratuitos estão à disposição das pessoas, independentemente de serem ou não alunos da Universidade.

São eles: o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende pelo número 188 e o “SOS Apoio Emocional”, por meio do Núcleo de Apoio Apego e Perdas que está com um grupo de psicólogas e psicólogos realizando plantão de atendimento, das 9h às 21h, pelo telefone (84) 99159-4405.

Fonte: Bruno Cássio – Setor de Mídias da SEDIS/UFRN.

Categoria: COVID-19, notícias, saúde, UFRN